segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

PROASE: SABER COM SABOR

Não é possível falar em educação de qualidade sem falar em leitura e escrita, em ciência e arte, por isso uma das prioridades da Gestão da Secretaria Municipal de Educação entre os anos de 2006-2008 voltou-se para o resgate do processo de alfabetização e letramento, numa perspectiva libertadora e significativa.
No início do ano de 2006 constatou-se o alto índice de crianças matriculadas no Ensino Fundamental entre 09 e 16 anos que ainda não tinham desenvolvido as habilidades básicas para a aquisição da leitura e escrita, muitos profissionais alegavam que estas crianças seriam fruto do regime de progressão continuada, que entre os anos de 2000 e 2006, foi entendida equivocadamente como aprovação automática.
Nesse sistema, a organização do ensino prevista na LDB/96 respeita a flexibilidade na organização por ciclos e o ritmo de aprendizagem de cada aluno. Os conteúdos e os objetivos de cada série são mantidos dentro dos ciclos e da progressão continuada, com uma série de reforços paralelos e contínuos. O aluno avança com o seu grupo - série até o final de cada ciclo, onde deverá ter atingido um patamar de aprendizagem. Se não atingiu os objetivos propostos, ficará retido por um ano, para reforço das dificuldades de aprendizagem.
Segundo essa proposta o aluno deveria ter um acompanhamento contínuo da aprendizagem, com reforço e recuperação para sanar dificuldades e defasagens. Na Rede Municipal havia um programa chamado PEC (Programa de Estudos Complementares), que atendia aos alunos do 2º ao 5º ano do primeiro ciclo, que não alcançavam as habilidades e competências exigidas para o próximo ano. Contudo, este Programa pesquisas realizadas com apoio de Instituições Públicas e Pruvadas evidenciaram que este programa não funcionava como reforço escolar, mas sim como um ano de escolaridade, em que as crianças eram organizadas em turmas multisseriadas com idade entre 06 a 13/14 anos.
Na progressão continuada, os alunos, mesmo com o aproveitamento insuficiente, eram classificados para a série seguinte, mas esse avanço precisava ser acompanhado por um conjunto de medidas pedagógicas que garantiam progredir em seu percurso escolar. O que acontecia na Rede Municipal de Educação é que esses alunos iam sendo aprovados automaticamente e o PEC não dava conta de recuperar suas dificuldades, por falha em sua operacionalização, pois não havia um atendimento que priorizasse a defasagem na alfabetização dessas crianças, bem como uma atenção individualizada que atendesse os alunos por níveis de escolaridade e aprendizagem. Nesse processo não era priorizada a capacitação dos professores, que trabalhavam de forma descontextualizada e sem um planejamento que integrasse todas as escolas.
Neste contexto, a Secretaria Municipal de Educação em 2006 resolveu extinguir o sistema de progressão continuada e conseqüentemente o PEC. No entanto, a carência desses alunos na lecto-escrita permaneceu e em 2007 para atender a essa demanda foi implementado o PROASE (Programa de assistência ao sucesso escolar). Este programa veio a suprir a necessidade de recuperar os alunos do 2º ao 5º ano de escolaridade com defasagem na leitura e na escrita e funcionava no contra-turno em que a criança estivesse matriculada, atendendo por 4 horas alunos separados em turmas organizadas pelos níveis de escrita, segundo Ferreiro (1999).
O PROASE nasceu de uma idéia coletiva de pedagogos e da própria secretária de Educação do Município e recebeu um apoio total de todos os diretores envolvidos no processo. Para que o PROASE fosse implantado houve uma série de preparações, planejamento de ações, entrevistas com diretores, professores e com os pais dos alunos participantes. A coordenação do Programa tinha uma grande preocupação em alfabetizar com qualidade e para isso o planejamento foi fundamental.
Enquanto Secretaria de Educação e conectada com as Diretrizes do Ministério da Educação e Cultura – MEC, implementamos o Programa de Assistência ao Sucesso Escolar – PROASE – inicialmente em 18 escolas, atendendo aos alunos do 2º ao 5º ano de escolaridade que apresentavam quadro de repetência relacionada as defasagens referentes à leitura, escrita e ao raciocínio lógico. A implementação do PROASE aconteceu de maneira gradativa e construtiva nas escolas municipais, contando com o apoio dos diretores, orientadores pedagógicos e de uma equipe de alfabetizadoras da SMEC que acompanharam semanalmente e quinzenalmente o desenvolvimento do programa através de visitas e capacitações.
Um aspecto interessante é que os professores participantes do PROASE passaram por uma entrevista e todos apresentavam o perfil alfabetizador, pois atuariam diagnosticando as dificuldades dos alunos e posteriormente criando atividades pautadas na Proposta de Alfabetização psico-fonética e do Pró-letramento, este último um programa do Governo Federal de formação continuada de professores, para melhoria da qualidade de aprendizagem da leitura/escrita e matemática nas séries iniciais do ensino fundamental. O papel do professor é realizar as devidas intervenções pedagógicas e oportunizar a evolução no processo de aquisição de alfabetização e letramento.
Além disso, os professores atuantes no PROASE participaram de capacitações no decorrer do processo, a fim de que compreendessem a concepção, sistematização e implementação do Programa, dialogando com as inferências pedagógicas na construção do sucesso escolar.
O Programa de Assistência ao Sucesso Escolar fundamenta-se na Proposta de Alfabetização Psico-fonética e no programa do Governo Federal PRÓ-Letramento, ambos pautados nas teorias de autores fundamentais na área de alfabetização, entre eles Emilia Ferreiro (1999) e Fernando Capovilla (2000).
À medida que as capacitações iam acontecendo, os professores mostravam-se cada vez mais interessados em aprender, em trocar experiências e em socializar suas conquistas com as crianças, evidenciando um estado de paixão pela proposta do Programa, pois muitas diziam que além de resgatar as habilidades de lecto-escrita, as crianças recuperavam a auto-estima e mudavam seus comportamentos nas salas de aulas regulares...Vale destacar que as atividades do PROASE eram vivas, contextualizadas com as diferentes realidades das escolas, voltadas para música, atualidade e para os desejos dos alunos.
Onde há desejo, há aprendizagem e os resultados logo foram obtidos, pois ao longo das visitas às escolas era perceptível nas falas e nos olhos brilhantes dos alunos participantes do PROASE seu crescimento, sentindo-se protagonistas da construção do seu saber.
Isso pode ser observado no depoimento de duas crianças que afirmavam: “ O Proase me ajudou muito na leitura , porque eu estava muito devagar... e na produção de texto, antes eu escrevia e não tinha sentido e agora eu escrevo e todo mundo entende” (N. - 10 anos - aluno da E.M. José do Patrocínio).“ O Proase me ajudou muito, eu aprendi a trocar menos as letras na hora de escrever e minha mãe, meu pai, minhas avós, meus tios, e minha professora estão muito felizes” (R. – 11 anos – C.E . 29 de Maio).
Percebe-se na fala desses alunos a alegria e o orgulho de constatar que eram capazes de superar os obstáculos que os impediam de avançar no processo de construção da escrita e leitura, devolvendo a auto-estima e o sabor de saber. Trabalhamos com a esperança de que, a cada dia, nossas crianças passassem a ver o mundo de uma maneira mais crítica e consciente. Uma consciência que advém da leitura e da escrita - instrumentos que nos levam a pensar, a refletir, a encontrar caminhos para nossa evolução pessoal e profissional.
Neste ínterim, constatamos que as visitas às escolas, as capacitações e os encontros na SMEC uniram coordenadores, diretores, OPs e professores, em torno de um mesmo ideal o “sucesso escolar”, construindo assim uma identidade institucional coletiva intitulada por estes de “família PROASE-SMEC”.
A educação tem de ser um setor movido pela paixão, pelo entusiasmo e pela competência - qualidades essenciais à difusão do conhecimento, e é essa essência do PROASE, a paixão pela Alfabetização. Um processo que deve ser aplicado à luz de uma ótica atraente, criativa, desafiadora, viva, bonita e eficaz, de modo que o educando sinta-se cativado e partícipe de maneira intensa das atividades da escola.
Parafraseando Chalita (2003) “professores devem ser artesãos, mestres na arte de misturar os ingredientes necessários para uma boa aula, ou melhor, para um banquete realmente inesquecível. Um banquete que permanecerá para sempre na memória dos aprendizes, como uma refeição indispensável ao seu crescimento e ao desenvolvimento de seu talento para viver - com saber e sabor”. Esse sabor com saber é explicitado na fala de muitos professores que relataram “gosto muito de trabalhar neste projeto, porque apesar de tanto tempo de prefeitura eu nunca vi um resultado tão imediato, com uma resposta tão positiva no desenvolvimento das crianças.” (Eliane – Professora do Proase – C.E. 29 de Maio).
Em 2008, o número de escolas ampliou-se e o PROASE aconteceu em mais de 32 escolas (urbanas e rurais)! Dados estatísticos mostram que em 2008 foram atendidos mais de 1.105.00 crianças entre 08 e 16 anos que se alfabetizaram e foram liberados do Programa, além de não repetir o ano letivo. O PROASE tem como característica principal, tornar o aluno independente, protagonista de sua aprendizagem. O aluno entra no PROASE, frequenta as aulas e quando aprende a ler e escrever é liberado!Não é uma aula de reforço que torna o aluno dependente, mas objetiva turbinar a aprendizagem e tornar o aluno auto-confiante em suas habilidades!
O PROASE apesar de ser um programa elaborado pela gestão 2006/2008, teve como principais autores cada professor que o colocou em prática em sua sala de aula e tornou real o sonho de uma alfabetização significativa e prazerosa. Essa é a essência da docência, ser inteiro no ensinar e no aprender, ter a consciência de que somos co-responsáveis pelo sucesso de nossos alunos e de que precisam de nosso apoio e crença nas suas potencialidades. É por isso que a profissão de professor é tão especial. É por isso que sou professora e me orgulho dos profissionais desta Rede Pública de Ensino que apesar das adversidades fizeram e FAZEM A EDUCAÇÃO ACONTECER...

As experiências que tive na coordenação do PROASE foram fantásticas, aprendi muito com cada diretor, com cada orientador pedagógico, com cada professor e aluno que convivi e acompanhei o trabalho!!!
O PROASE foi a minha grande inspiração e a minha grande realização na carreira do magistério, uma vivência que vou guardar para sempre em meu coração e memória!
Gostaria de agradecer a cada coordenador que trabalhou comigo nesta empreitada nesses dois anos, mas em especial quero agradecer a cada professor (Iná, Eliane, Gleicimara, Mércia, Ana Quitéria, Roseni...todas...), formamos em dois anos a família PROASE, QUE COM CERTEZA VAI CONTINUAR DANDO MUITOS FRUTOS!A semente foi plantada, regada, deu frutos, mas precisa continuar sendo cultivada para que a cada dia possa frutificar mais e mais e isso depende de cada professor, cada orientador pedagógico e cada diretor que acredita na Educação e luta pela política da continuidade daquilo que deu certo! Parabéns a todos os professores que participaram dessa magnífica experiência!






domingo, 25 de janeiro de 2009

A vida é uma viagem...

Recebi um email a algum tempo atrás escrito por Silvana Duboc que comparava a vida com uma viagem de trem! Se pararmos para pensar, o trem é uma metáfora muito interessante quando bem interpretada...


A vida não é mais do que uma viagem de trem: repleto de embarques e desembarques, salpicado por acidentes, surpresas agradáveis em algumas estações e profundas tristezas noutras.


Ao nascer, embarcamos no trem e encontramo-nos com algumas pessoas que acreditamos que estarão sempre connosco nesta viagem: Os nossos PAIS.


Lamentavelmente, a verdade é outra. Eles sairão em alguma estação, deixando-nos órfãos do seu carinho, amizade e da sua companhia insubstituível.


Apesar disto, nada impede que entrem outras pessoas que serão muito especiais para nós. Chegam os nossos irmãos, amigos e esses maravilhosos amores. Dentre as pessoas que apanham este comboio, também haverá quem o faça como um simples passeio. Outros, só encontrarão tristeza nessa viagem… E outros também, que circulando pelo trem, estarão sempre prontos para ajudar a quem precisa.


Muitos, quando descem do trem, deixam uma permanente saudade… Outros passam tão despercebidos que nem reparamos que desocuparam o lugar.


Às vezes, é curioso constatar que alguns passageiros, que nos são muito queridos, se instalam noutras carruagens, diferentes da nossa. Assim, temos de fazer o trajeto separados deles. Mas, nada nos impede que, durante a viagem, percorramos a nossa carruagem com alguma dificuldade e cheguemos até eles...
Mas, lamentavelmente, já não nos poderemos sentar ao seu lado, pois estará outra pessoa a ocupar o lugar. Não importa. A viagem faz-se deste modo: cheio de desafios, sonhos, fantasias,
esperas e despedidas... mas nunca de retornos. Então, façamos esta viagem da melhor maneira possível…
Tratemos de nos relacionar bem com todos os passageiros, procurando em cada um, o melhor deles. Recordemos sempre que em algum ponto do trajeto, eles poderão hesitar ou vacilar e, provavelmente, vamos precisar entendê-los… Como nós também vacilamos muitas vezes, sempre haverá alguém que nos compreenda.
No fim, o grande mistério é que nunca saberemos em que estação vamos sair, nem, muito menos, onde sairão os nossos companheiros, nem sequer, aquele que está sentado ao nosso lado. Fico a pensar se, quando sair do trem, sentirei nostalgia... Acredito que sim. Separar-me de alguns amigos com quem fiz a viagem, será doloroso. Mas agarro-me à esperança que, em algum momento, chegarei à estação principal e terei a grande emoção de vê-los chegar com uma bagagem que não tinham quando embarcaram.
O que me fará feliz, será pensar que colaborei para que a sua bagagem crescesse e se tornasse valiosa.
Meu amigo e minha amiga, façamos com que a nossa estadia neste trem seja tranquila e que tenha valido a pena. Esforcemo-nos para que, quando chegue o momento de desembarcar, o nosso lugar vazio deixe saudades e umas lindas recordações para todos os que continuam a viagem.Para ti, que és parte do meu trem, desejo-te uma... Viagem Feliz !


Esse texto tem um significado muito especial para mim...principalmente no que diz respeito ao período em que trabalhei na Gerência Pedagógica na SMEC em Campos. Foram dois anos muito intensos.. tempo em que embarquei num trem de muitos desafios e conquistas. Foi um tempo em que convivi com pessoas especiais e que com suas essências ímpares me ajudaram a desenvolver cada vez mais meu profissionalismo. Na verdade, aprimorei a bagagem que adquiri no CENSA, mas descobri também um outro mundo na Rede Pública...Descobri que é possível melhorar a qualidade da educação para a população, que o professorado da Prefeitura é comprometido, busca a qualidade mesmo em meio a tantas dificuldades! Admiro cada professor que conversei, cada diretor com o qual trabalhei...são guerreiros e muito profissionais!É claro que existem exceções, em todos os lugares existem bons e maus profissionais, mas na grande maioria...todos procuravam acertar!


Aprendi muito...visitei muitas escolas...conheci de perto a realidade da minha cidade e dos alunos do município. No trem da minha vida... essa experiência macro vai ficar guardada para sempre.


Na SMEC pude criar projetos, sonhar e realizá-los! Mas tudo que realizamos se deve ao tipo de gestão e a equipe que formamos. É...descobri que liderança não consiste em ter um cargo, pois Secretário, diretor, gerente qualquer um pode ser, mas líder é aquele que sabe descobrir talentos e colocá-los em ação...líder é aquele que harmoniza as diferenças e influencia as pessoas a se unir em torno de um ideal. E isso Beth Landim fez na SMEC durante 2 anos!! Foi maravilhoso compartilhar de tantas conquistas na SMEC, e mesmo que algumas pessoas falem o contrário...muito foi feito pela educação do município!


Por isso, no meu trem vou guardar cada um que compartilhou do sonho de fazer uma educação melhor para Campos...agradeço a cada gerente (Ricardo, Anna Karina, Ana Celina, Josane, Vânia, Rose, Valéria, Cesar, Jussara, Conceição Campinho, Ana, Ignês, Nely, Ritinha, Juliana...todos), agradeço a cada coordenador setorial (Sissi, Ana Cristina, Patricia, Zilma, Moisés, Deka e tantos outros), a cada professor que participou das nossas capacitações, dos meus cursos, a cada diretor, a cada Orientador Pedagógico que com criticidade e vontade me ajudou a conhecer as necessidades das escolas!!!!


Quero agradecer em especial as pessoas que trabalharam ao meu lado, Ana, Daniela, Paula, Lilian, Sissi, Paty, Mayra, Cheila, Verônica que tornaram possível a concretização do PROASE (Programa de Assistência ao Sucesso Escolar), com este projeto resgatamos crianças que aos 13, 15, 16 anos ainda não sabiam ler e escrever. Foi uma grande conquista!


Pois é, no trem da minha vida...todas essas pessoas que fizeram a diferença...vão ficar guardados na minha bagagem...e que bagagem!


Agradeço em especial a Beth que me deu a oportunidade de sonhar, projetar e realizar e a Conceição, Jussara, Ana, Sissi e Patrícia por estar sempre comigo sonhando e realizando!


Em poucos anos com todas as limitações, formamos uma equipe de verdade, uma equipe que foi até o fim da gestão unida e concretizou a frase: um por todos e todos por um!


Agora...que já não estou mais na Smec...sigo na luta no micro...vou para uma escola municipal...vou ser OP e realizar um trabalho consciente, pois acredito que a mudança também ocorre a partir das bases!


Aos companheiros de trabalho desejo boa sorte em suas viagens, saibam que cada um escreveu mais um pedacinho da história da educação. Quanto a mim, sigo feliz, pois também fiz a minha parte, deixei meu legado...ou pelo menos deixei minha semente...espero que tenha alguém para regá-la...


Acredito que para a educação melhorar...não se pode apagar o que a outra gestão fez...deve-se dar continuidade àquilo que valeu, que trouxe benefícios, mas isso não depende mais de mim, mas daqueles que hoje são as lideranças na SMEC!!!


Torço no fundo do coração para que a nova gestão realize um bom trabalho, porque quem necessita de uma educação de qualidade são as crianças, essas que serão o futuro de nossa cidade!


Liliana Azevedo Nogueira

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Fortalecer nossa identidade: Orgulho de ser Brasileiro...



Hoje estava pensando sobre o que postar... que assunto poderia servir de reflexão neste momento em que estamos vivendo. E alguém poderia se perguntar: que momento?


Vivemos numa correria sem fim e não temos tempo mais de perceber o que ocorre ao nosso redor.Parece um grande paradoxo: vivemos na era da globalização, do acesso livre e fácil às informações, mas estamos cada vez mais isolados, cada vez mais voltados para nós mesmos e nos esquecemos de que os acontecimentos mundiais, as catástrofes e crises nacionais e internacionais, os problemas de nosso país, nossa cidade, nosso bairro, nossa casa, independente de nossa vontade, repercutem em nossa vida pessoal.


Somos reflexo da sociedade em que vivemos e muitas vezes não nos damos conta disso, ou então fingimos não saber. E aí, quando temos a oportunidade de sair de nossa cidade, de nosso país ou até mesmo nos distanciarmos de nossa família percebemos que apesar de muitas semelhanças, somos diferentes, temos algo em nossa essência, em nossas atitudes que nos diferenciam dos nossos companheiros de trabalho, pois somos reflexo de nossas vivências e experiências conscientes e inconscientes.


Por isso, gostaria de refletir sobre o nosso sentimento de ser brasileiro!Na maioria das vezes, só nos damos conta do quanto nosso povo, nosso país é especial quando saimos daqui!


Outro dia recebi um email escrito por uma holandesa sobre o Brasil e gostaria de transcrevê-lo neste espaço para gerar uma reflexão sobre a nossa IDENTIDADE. SERÁ QUE A CONHECEMOS?


Alguém já disse: "só se ama aquilo que se conhece"...talvez precisamos conhecer mais nosso país, suas conquistas para só assim resgatar em nosso interior o orgulho de ser brasileiro.


"Os brasileiros acham que o mundo todo presta menos o Brasil.E realmente parece que é um vício falar mal do Brasil.


Todo lugar tem seus pontos positivos e negativos, mas no exterior eles maximizam os positivos, enquanto que no Brasil se maximizam os negativos.


O Brasil tem uma língua que apesar de não se parecer quase nada com a língua portuguesa é chamada de língua portuguesa, enquanto que as empresas de software a chamam de português brasileiro, porque não conseguem se comunicar com os seus usuários brasileiros através da língua portuguesa. Os brasileiros são vítimas de vários crimes contra sua pátria, crenças, cultura, língua, etc... Os brasileiros mais esclarecidos sabem que têm muitas razões para resgatar as raízes culturais.


Então vejamos alguns dados da Antropos Consulting sobre nosso país:

1.O Brasil é o país que tem tido maior sucesso no combate à AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis, e vem sendo exemplo mundial.

2.O Brasil é o único país do hemisfério sul que está participando do Projeto Genoma.

3.Numa pesquisa envolvendo 50 cidades de diversos países, a cidade do Rio de Janeiro foi considerada a mais solidária.

4.Nas eleições de 2000, o sistema do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) estava informatizado em todas as regiões do Brasil, com resultados em menos de 24 horas depois do início das apurações. O modelo chamou a atenção de uma das maiores potências mundiais: os Estados Unidos, onde a apuração dos votos teve que ser refeita várias vezes, atrasando o resultado e colocando em xeque a credibilidade do processo.

5.Mesmo sendo um país em desenvolvimento, os internautasbrasileiros representam uma fatia de 40% do mercado na América Latina.

6.No Brasil há quatorze fábricas de veículos instaladas e outras quatro se instalando, enquanto alguns países vizinhos não possuem nenhuma.

7.Das crianças e adolescentes entre sete e quatorze anos, 97.3% estão estudando.

8.O mercado de telefones celulares do Brasil é o segundo do mundo, com 650 mil novas habilitações a cada mês.

9.Na telefonia fixa, o país ocupa a quinta posição em número de linhas instaladas.


10.Das empresas brasileiras, 6.890 possuem certificado de qualidade ISO 9000, maior número entre os países em desenvolvimento. No México, são apenas 300 empresas e 265 na Argentina.


11.O Brasil é o segundo maior mercado de jatos e helicópteros executivos."

Diante destes dados, questiono:

Por que não se orgulhar em dizer que o mercado editorial de livros brasileiro é maior do que o da Itália, com mais de cinqüenta mil títulos novos a cada ano?

Que o Brasil tem o mais moderno sistema bancário do planeta?

Que as agências brasileiras de publicidade ganham os melhores e maiores prêmios mundiais?

Por que não se fala que o Brasil é o país mais empreendedor do mundo e que mais de 70% dos brasileiros, pobres e ricos, dedicam considerável parte de seu tempo em trabalhos voluntários?

Por que não dizer que o Brasil é hoje a terceira maior democracia do mundo?

Que apesar de todas as mazelas, o Congresso está punindo seus próprios membros, o que raramente ocorre em outros países ditos civilizados? Já caçaram até um Presidente.

Por que não lembrar que o povo brasileiro é um povo hospitaleiro, que se esforça para falar a língua dos turistas, gesticula e não mede esforçospara atendê-los bem?

Por que não se orgulhar de ser um povo que faz piada da própria desgraça e que enfrenta os desgostos sambando. É!

O Brasil é um país abençoado de fato.
Bendito este povo, que possui a magia de unir todas as raças, de todos os credos.Bendito este povo, que sabe entender todos os sotaques.Bendito este povo, que oferece todos os tipos de climas para contentar toda gente.
Por que o brasileiro tem a mania de só ser nacionalista e patriota durante a Copa do Mundo?Se fosse assim todos os dias, vibrador como é durante a Copa, talvez hoje o Brasil seria uma super potência.
Bendita seja, querida pátria chamada Brasil!
Pare e pense: além disso tudo que foi citado, quantas outras coisas mais você admira neste Brasil, agraciado com uma natureza fantástica e que tem um povo de fé?
Reflite sobre o nosso país... com essa atitude talvez não consigamos mudar o modo de pensar de cada brasileiro, mas ao ler estas palavras todos irão, pelo menos por alguns momentos, refletir e sentir orgulho de ser BRASILEIRO!!!

Eu me orgulho muito de ser BRASILEIRA E VOCÊ?
Liliana A. Nogueira

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Pedagogia Hospitalar: construir pontes entre saúde e educação







A educação vem sofrendo mudanças em seu conceito, pois deixa de ser restrita ao processo ensino-aprendizagem em espaços escolares formais e transcende os muros da escola, se estendendo para diferentes e novos âmbitos como: ONGs, hospitais e empresas.
Esta realidade desmistifica o pré-conceito e a idéia de que o pedagogo está apenas apto para exercer suas funções na sala de aula, quando na verdade, todo o local onde há uma prática educativa, torna-se um espaço de atuação para o profissional da educação.
A partir da reformulação dos cursos de Pedagogia (CNE/2006), a vida escolar e a educação formal deixam de ser o único campo da prática educativa.
O Pedagogo ganha novo espaço: tudo que concerne à educação passa a ser o seu novo areópago (da pedagogia). A função do pedagogo torna-se abrangente. Educação formal e não formal passam a caminhar paralelamente. Urge agregar ao ensino formal, ministrado nas escolas, conteúdos da educação não-formal: responsabilidade social, gestão empresarial, liderança e o terceiro setor. Tudo que diz respeito à educação é objeto da Pedagogia.
A Pedagogia Hospitalar como uma nova vertente para a educação oferece subsídios educacionais e pedagógicos ao enfermo para ajudá-lo em sua recuperação, pois, carinho, calor humano, atenção e afeto constituem elementos fundamentais para a saúde, física, espiritual e cognitiva.
Dessa forma, o Curso de Pedagogia do ISECENSA buscou em parceria com a Secretaria Municipal de Educação de Campos e com o Hospital Ferreira Machado implantar o atendimento pedagógico-hospitalar em um hospital do município de Campos dos Goytacazes - RJ, formulando propostas e aprofundando conhecimentos teóricos e metodológicos, com vistas a, efetivamente, dar continuidade ao processo de desenvolvimento psíquico e cognitivo de crianças e jovens hospitalizados.
O trabalho realizado pela Pedagoga cedida pela SMEC e os estagiários do Curso de Pedagogia do ISECENSA visa criar um elo entre a escola e o hospital proporcionando ao educando (enfermo) a continuidade de seus estudos, mesmo estando hospitalizado. Mediante a educação no hospital as (os) crianças/jovens hospitalizadas (os) mantêm o contato com a leitura, a escrita, matemática através dos cadernos, dos livros infantis e didáticos, das brincadeiras, da afetividade e, o mais importante, mantendo o contato familiar e escolar e sentindo-se integradas à sociedade.
Em maio de 2007 o projeto iniciou-se na enfermaria pediátrica do Hospital Ferreira Machado com a participação de uma Pedagoga da Secretaria Municipal de Educação e dos estagiários do 8° período de Pedagogia dos Institutos Superiores de Ensino do CENSA - RJ, que atendem diariamente crianças internadas com patologias relacionadas a osteomielite, queimaduras, anemia, apêndice, acidentes (atropelamentos) e entre outras.
O projeto Pedagogia Hospitalar: aprendizagem como sinal de saúde ocorrreu entre maio de 2007 e ao longo de todo o ano de 2008. Em 1 ano e 9 meses o projeto atendeu em média 320 crianças que receberam o acompanhamento pedagógico-hospitalar; as atividades propostas aos alunos-pacientes estão relacionadas ao nível cognitivo e de escolarização em que se encontram.
Este trabalho fundamenta-se na Resolução Nº 2/2001 – CNE – que institui diretrizes nacionais para a Educação Especial na Educação Básica no Art. 13. Esta regulamenta a ação integrada com os sistemas de saúde, para o atendimento educacional especializado aos alunos em período de internação.
Podemos também destacar autores que norteiam nosso trabalho: Matos (2003), Mugiatti (2006) e Fonseca (2003) que enfatizam o atendimento pedagógico-hospitalar como uma ação humanizadora que oportuniza aos alunos internados acompanharem o processo de aprendizagem sem bloqueios ou atrasos.
Vale ressaltar que todas as atividades realizadas no projeto estão relacionadas ao nível cognitivo e o grau de escolarização em que a -aciente se encontra.
No Hospital Ferreira Machado - Campos dos Goytacazes/RJ, tomado como objeto de nosso trabalho - as internações são diárias na pediatria, ambiente que possui além dos leitos, uma sala de aula organizada para atender crianças na faixa etária de 2 aos 12 anos, independente do tempo de internação. Essa sala antigamente funcionava apenas como sala de recreação, local onde as crianças faziam atividades lúdicas e artísticas sem uma preocupação com a dimensão pedagógica e de aprendizagem formal.
Com o início do , já idealizado pela equipe de Serviço Social do Hospital Ferreira Machado, a sala passou a funcionar como “classe hospitalar” com diretrizes pedagógicas que norteiam as atividades das crianças e das estagiárias do curso de Pedagogia do ISECENSA, levando em conta a faixa etária, o nível cognitivo, a patologia e o ano de escolaridade em que se encontram as crianças.
A prática do pedagogo se dá através das variadas atividades lúdicas e recreativas como a arte de contar histórias, brincadeiras, jogos, dramatização, desenhos e pinturas, a continuação dos estudos no hospital.
Essas práticas contribuem para a adaptação, motivação e recuperação do paciente, ocupa seu tempo livre proporcionando-lhe um ambiente físico, emocional e pedagógico saudável e enriquecedor.
Ao deixar de pensar na doença, a criança envolve-se nas atividades, sente-se feliz e produtiva, cria expectativas para o futuro e para a volta ao convívio familiar e social.
O atendimento hospitalar é disponibilizado para todas as crianças que estão internadas, desde que estejam liberados a freqüentar a nosso espaço.Para aqueles que não podem se locomover, o atendimento é feito no próprio leito com o auxílio das estagiárias do ISECENSA, Instituição responsável pela autoria e implementação do projeto.
A presença das estagiárias vem auxiliando todo o trabalho educativo no hospital, visto que em muitas situações as crianças não podem ir à sala de recreação, devido à patologia existente. Já passaram pelo estágio no Hospital Ferreira Machado no período de maio de 2007 a novembro de 2008 cerca de 50 estagiárias do 8º. Período do Curso de Pedagogia do ISECENSA.
As crianças que não podem sair dos leitos são atendidas pelas estagiárias nos leitos, tendo acesso a livros didáticos, atividades, jogos pedagógicos de acordo com o nível cognitivo.
Nosso trabalho proporciona experiências que alimentam e facilitam o desenvolvimento da criança, por isso levamos em consideração o sistema intelectual que a criança utiliza no momento da atividade. Todo aluno que freqüenta a classe hospitalar possui uma ficha com dados pessoais, escola de origem e patologia. A cada final da aula são registradas as atividades trabalhadas e algumas observações quando necessárias, sobre o desenvolvimento cognitivo e lingüístico dos pacientes.
Alunos que apresentam troca de fonemas, dificuldades em leitura, escrita e quanto à estrutura da linguagem recebem um tratamento individualizado e os seus dados são registrados em fichas de observação.
Quando o tempo de internação excede três dias ou mais, é solicitado aos pais que tragam da escola de origem as atividades realizadas no período de internação, a fim de que possamos dar continuidade aos conteúdos que fazem parte do currículo escolar. Em alguns casos, o contato é feito diretamente entre o pedagogo e a escola de origem.
O atendimento é direcionado e individualizado, de acordo com as necessidades de cada paciente. No Hospital Ferreira Machado atuamos junto a uma equipe multidisciplinar que é composta por assistente social, psicólogo, terapeuta ocupacional, recreadora e fisioterapeuta que acompanha a evolução do quadro do paciente, criando, quando preciso, estratégias para gerar o avanço afetivo, físico, social e cognitivo da criança.
O pedagogo hospitalar necessita de uma formação diferenciada que desenvolva suas habilidades e competências relacionais e únicas, tornando-se capaz de realizar um trabalho emocional diferenciado junto com o doente já emocionalmente afetado e fisicamente debilitado.
A realização do nosso projeto tem trazido benefícios a todos os envolvidos, principalmente às crianças enfermas e aos estagiários do Curso de Pedagogia. Esta é mais uma oportunidade da articulação teoria-prática, possibilitando ampliação das habilidades e competências para enfrentar as demandas do mercado de trabalho.
Liliana Azevedo Nogueira
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

CARDOSO, Clodoaldo Meneguello. Uma visão holística da educação. São Paulo: Summus, 1995.
FONSECA, Eneida Simões da. Atendimento escolar no ambiente hospitalar. São Paulo: MEMNON, 2003.
MATOS, E. L. M.; MUGIATTI, M. M. T. F. Pedagogia Hospitalar. Curitiba: Ed. Champagnat, 2001.








Ser educador...construir pontes


A sociedade atual apresenta um ritmo acelerado e uma crescente onda de conflitos deixando as pessoas cada vez mais inseguras, isoladas e individualistas. É neste âmbito que o papel do educador se torna cada vez mais importante, tendo como tarefa principal resgatar o elo de ligação entre as pessoas. Sob este assunto cabe-nos relatar uma parábola sobre as pontes...
Pela ponte passam pessoas boas, como também ladrões, assassinos, gente perversa e louca. A todos a ponte permite atravessar, sem pedir nada em troca, sem selecionar. Há quem reclame “que ponte ruim, que ponte mal feita, difícil de passar”, vão reclamando, batendo os pés, dando chutes, e pode haver até aqueles que queiram destruir a ponte. Poucos atravessam com gratidão dizendo "Obrigada" ou "Graças a você pude atravessar". Seja qual for a maneira que atravessem, a todos a ponte permite passar sem fazer discriminação.
Certo dia ocorreu-me que ser educador é ser ponte, mas também penso que ser apenas uma ponte não é suficiente no mundo atual... como educadores precisamos fazer com que os nossos alunos percebam a Outra Margem, e para isso é necessário atravessá-la.Talvez sejam muitos os que não saibam que há uma Outra Margem. É preciso despertar neles o desejo de alcançá-la. Se querem sucesso precisamos fazê-los vislumbrá-lo e assim incentivá-los a fazer a travessia, se querem relacionamento, fazê-los ir busca do mesmo, até perceberem que a travessia da ponte faz parte do universo maravilhoso que é viver. Para isso é preciso ter sabedoria, olhar mais longe com o coração e a razão articuladas, ser capaz de se despir do hábito monástico, sujar as mãos com a terra, estar entre todos, chorar, rir juntos, até fazê-los perceber o Verdadeiro Caminho e puxá-los para o outro lado da ponte.
A metáfora do educador como ponte, nos remete a pensar sobre o verdadeiro sentido da educação, pois esta é um processo que acontece a longo prazo e na qual precisamos trabalhar muito para tempos depois admirarmos a beleza da obra. Basta pensar que para construir um muro não precisamos de muito tempo, nem de muito conhecimento técnico, mas para construir uma ponte precisamos estudar detadalhadamente a situação e geralmente demora mais do que o tempo de construção de um muro. Um muro pode ser construido a partir de uma palavra, um ato não pensado ou outras coisas pequenas, que podem magoar uma outra pessoa. Todavia uma ponte demora mais tempo, é mais difícil, trabalhosa! A mesma gera a união, muito melhor do que a divisão trazida pelos muros.Assim é o ato de educar!
Nesta perspectiva, enquanto educadores é fundamental respeitar o processo de cada ser, pois desconhecemos o propósito e a programação de cada jornada, mas isto não nos impede de dizer que “para se chegar ao autoconhecimento é preciso atravessar a ponte do conhecimento e seguir em frente!” Ser educador é ser caminho, é ser ponte, porque se as pontes existem é porque existe um propósito, um ideal que se concretiza quando atravessamos e alcançamos o outro lado.
Aí está o papel do educador-ponte ajudar o homem a desenvolver a si mesmo, a moldar sua ação e erigir seu edifício intelecto-moral. O educador-ponte transpira saber e deixa ao aprendiz o papel de escolher, traçar e construir a sua própria trajetória na travessia da ponte. É na modéstia do seu propósito que o educador tem a nobreza da sua missão.
Amigo educador, ensinar é uma arte particular, que exige vocações muito particulares; exige qualidades morais que não são dadas a todos os homens, tais como sabedoria, firmeza, paciência, vontade e força para dominar as próprias paixões; exige profundo conhecimento do coração e da psicologia do ser humano, além do conhecimento dos meios mais apropriados para desenvolver no aluno as faculdades físicas, intelectuais e morais necessárias ao seu crescimento. A educação é uma arte que precisa ser estudada, do que resulta que o professor é, ele próprio, um eterno aprendiz.
Ser um educador-ponte é ensinar aos seus alunos a quebrar as barreiras que prendem o coração
.É inspirar forças para recomeçar e seguir o caminho escolhido. É ajudar a enfrentar o medo e crescer através do já vivido. É suscitar o sonho de um mundo novo apesar do já sofrido. É oportunizar o vôo ao encontro do outro. É ensinar a ser livre e deixar ser livre... É encorajar a invocar a essência interior, e aprender a ser como fênix que renasce das cinzas.
Caminhando pela vida, olhando a paisagem que nos cerca, descobrimos que tivemos e temos educadores que são pontes maravilhosas, consistentes e que nos inspiram a ser pontes também. Entre eles, podemos destacar Jesus que em certa ocasião disse “Vinde a mim vós que estais cansados e sobrecarregados e Eu vos aliviarei”. Que ponte magnífica! Quem se dirigiria assim aos que, na escala social, eram quase semelhantes a zero? Só Jesus. Pois sabia que – através da ponte do seu amor – poderia lhes assegurar um novo destino, um novo horizonte de vida. Sejamos como Jesus, educadores que têm a capacidade para se aproximar de outras e regar com seu amor as dores e amarguras das existências alheias. Caro amigo educador, companheiro de viagem, caçador de si, temos que oportunizar aos nossos alunos e a nós mesmos a fazer cotidianamente a travessia. Por isso, nunca desista ... seja ponte sempre encorajando os outros a vencer o medo do desconhecido!