sexta-feira, 16 de outubro de 2009

III CICC - Congresso Internacional do Conhecimento Científico






Entre os dias 30 de setembro e 01 e 02 de outubro realizou-se no ISECENSA – Campos/RJ o III Congresso Internacional do Conhecimento Científico (III CICC). O tema central do III CICC voltou-se para a importância do conhecimento científico para a produção de saberes! Este mega evento contou com a participação de 1.400 inscritos entre alunos, professores, profissionais da Comunidade Acadêmica de Campos e região Norte Fluminense e palestrantes nacionais e internacionais das áreas relacionadas às ciências humanas, sociais aplicadas, biológicas e da saúde e, ainda, ciências exatas, da terra e engenharias.

Segundo a Coordenadora do Centro de Pesquisas do ISECENSA, Graça Freire, o principal objetivo do congresso foi alcançado, pois gerou um fórum de discussão interdisciplinar sobre os principais conhecimentos e oportunidades de pesquisa, aumentando o intercâmbio de conhecimento e a parceria em projetos conjuntos.

A programação técnico-científica foi abrangente e participativa, oportunizando discussões sobre as quatro grandes áreas do conhecimento científico, integrando os diversos segmentos da ciência na busca de soluções para as problemáticas atuais. Na área das Ciências Humanas (Curso de Pedagogia, Psicologia e educação Física) assistiram palestrantes renomados no âmbito Internacional e Nacional, entre eles podemos destacar: Profº. Vítor da Fonseca (Portugal), Maria Teresa Maldonado (RJ), Profº. Jair Passos (Paraná), Roberto Carlos “o contador de histórias (RJ) e a profª. Renata Moussinho (RJ).
























O Congresso também foi marcado pelo lançamento de dois livros escritos por Irmã Luzia Alves de Carvalho (Coordenadora do Curso de Pedagogia) intitulados: "Identidade Institucional Coletiva em tempo líquidos: possibilidade ou ilusão?" e "Labirintos da Pesquisa".




Um aluna do Curso de Pedagogia assim se expressou acerca do evento “Este III CICC vai ficar na história, principalmente na história acadêmica dos alunos do ISECENSA, pois foi um evento que reuniu nas palestras e comunicações orais a teoria e a prática. As palestras internacionais e nacionais foram muito motivadoras e destacaram a necessidade do profissional de hoje dominar não só a parte técnica da profissão, mas o aspecto humano e relacional. Além das palestras também destaco a parte cultural do III CICC, principalmente a abertura com a apresentação do hino do ISECENSA, também vale destcar os que intervalos foram animados por músicas clássicas e populares sob a organização da professora Beth Rocha. Parabenizo a equipe de organização do Congresso!”




No que se refere a participação do Curso de Pedagogia no III CICC, é importante destacar as Comunicações Orais, em que professores e alunos do Curso de Pedagogia apresentaram as pesquisas científicas, trabalhos de conclusão de curso e relatos de experiências realizados na graduação e pós-graduação. Além disso na sessão de pôsteres foram apresentados 43 trabalhos originados a partir das disciplinas e trabalhos realizados no Curso de Pedagogia.




Na sessão de premiação de pôsteres, alguns assuntos tiveram muito destaque entre os alunos e participantes do III CICC: Mediar ou remediar (Luzia Alves de Carvalho), Trabalho educativo e satisfação profissional (Carmelita Agrizzi), O universo das Áfricas na formação do educador (Luis Carlos Soares), Educação Infantil na onda das redes sociais e da web 2.0 (Liliana Azevedo Nogueira) e muitos outros.






Através do depoimento desta aluna podemos constatar a extensão do evento que reuniu os conhecimentos científico, cultural, humano e social cumprindo a missão educativa de uma Instituição Superior Salesiana.




O ISECENSA é uma instituição que transpira salesianidade, a prova disso é que o hino da instituição foi elaborado pela professora Denise Mello (atuante nos Cursos de Pedagogia e Psicologia). Isso evidencia a identidade coletiva que a equipe diretiva do ISECENSA constroi permanentemente e se estende aos professores que se sentem partípes principais do crescimento da instituição. É nessa direção que o ISECENSA caminha, integrando conhecimento e humanização, mantendo seu compromisso de contribuir com o avanço da cidade de Campos e sua inserção significativa na Sociedade da Informação e do Conhecimento.




Como membro desta Instituição, parabenizo toda a direção (Ir. Suraya e Beth Landim) e equipe de coordenadores do ISECENSA (principalmente Graça Freire - coordenadora do  evento) que com garra, carisma, entusiasmo e sobretudo união fizeram o III CICC acontecer e marcar a “história acadêmica” de nossa querida Campos!

Liliana Azevedo Nogueira

Assistam os vídeos no YOUTUBE:









domingo, 13 de setembro de 2009

Salesianidade: qual o significado desta palavra para o(a) jovem universitário (a)?

Com Dom Bosco e Madre Mazzarello e com os tempos...


As instituições salesianas, no âmago da tradição cristã, são ambientes de vida e de formação integral para jovens concretos! Estas não se fixam exclusivamente sobre a pura instrução ou sobre a aquisição de habilidades técnicas funcionais à produção e à eficiência econômica social. Mas tem como horizonte de valor a pessoa, comprometendo-se com a promoção de personalidades autênticas e válidas, estimulando a relacionar-se, a participar da vida comunitária, a desenvolver os recursos individuais em vista de uma melhor qualidade da vida da pessoa e da comunidade.




Neste sentido, a relação educativa afetuosa, acolhedora, serena, disponível, paciente, livre, respeitosa, torna-se determinante e compromete a pessoa no seu processo de crescimento; ajuda-a a descobrir os valores que possui e a colocá-los em foco para construir a sua história, para decidir sobre si e sobre a orientação de vida.
A pedagogia salesiana tem uma proposta única, pois busca resgatar no jovem um protagonismo e uma auto-confiança, encorajando-os sempre a encontrar soluções diante das dificuldades, dos inevitáveis conflitos que se apresentam numa normal convivência humana.
Assim, conectados com as demandas da Sociedade da Informação e do Conhecimento, os salesianos e as salesianas tem sido desafiados a estender o trabalho de evangelização e educação até as Universidades.
A cada ano o número de instituições superiores salesianas cresce no Brasil e no mundo...por isso surgiu a necessidade de investigar sobre a Salesianidade no Ensino Superior!
Para realizar este estudo busquei usar como ferramenta de coleta de dados este blog, onde os (as) alunos (as) poderão postar suas opiniões acerca das questões formuladas abaixo.
Querido (a) jovem universitário (a) a partir da sua vivência no ISECENSA, gostaria que respondesse as seguintes questões:
1.Como você, aluno(a) universitário(as) percebe, sente e vivencia a salesianidade na Universidade?
2.O que é ser salesiano? Você se sente salesiano, por que?
3. Existe algum diferencial entre estudar  numa Universidade Salesiana? Qual?
4.Que princípios salesianos, você -  aluno(a) universitário (a), compõem sua formação acadêmica? Em que medida estes princípios influenciarão ou não sua atuação profissional? 
5. A Pedagogia Salesiana de Dom Bosco e Madre Mazzarello tem sentido nos dias atuais para os jovens universitários?
Desde já agradeço a colaboração de todos...
Conto com a colaboração de todos!
Um abraço, Liliana Nogueira.

 

terça-feira, 28 de julho de 2009

Casa Ronald Mc'Donald: a casa que o amor construiu





Na primeira semana de junho de 2009, as alunas do Curso de Pedagogia do ISECENSA- Campos/RJ tiveram uma aula de amor, cidadania, solidariedade, humanização e de vida partilhada através da visita realizada a Casa Ronald Mc Donald no Rio de Janeiro, que atende a crianças em tratamento de câncer. Essa história linda de solidariedade começou em 1974, na Filadéfia (EUA), quando o jogador de futebol americano Fred Hill, que tinha uma filha em tratamento do câncer no hospital local. Inspirado por essa idéia, Fred organizou um jogo beneficente visando arrecadar fundos para dar início ao projeto e procurou os responsáveis pelos restaurantes McDonald's locais sugerindo que doassem parte das vendas de uma promoção. O McDonald's engajou-se totalmente ao projeto e com a arrecadação das campanhas construiu o primeiro imóvel para sediar a primeira Casa Ronald McDonald do mundo.
Esta iniciativa deu origem a um programa de abrangência mundial. Hoje, são mais de 275 casas de apoio ao tratamento de câncer infanto-juvenil com a chancela/licença Casa Ronald McDonald, em 51 países. No Brasil, o Programa Casa Ronald McDonald é coordenado pelo Instituto Ronald McDonald, que controla os padrões internacionais de instalação e operação, afim de garantir um bom atendimento às crianças e adolescentes em tratamento de câncer nos hospitais locais. No Rio de Janeiro, tudo começou em 1989 quando pais que vivenciaram a experiência de tratamento oncológico de seu filho nos EUA, ficaram hospedados na Casa Ronald McDonald de Nova York. Tiveram contato com uma infra-estrutura que ainda não existia no Brasil e que certamente ajudaria muitas famílias por aqui. O menino não venceu a doença e ao retornarem ao Brasil em 1990, tornaram-se voluntários na causa de ajudar às crianças com câncer.
No mesmo ano, foram convidados pela direção do INCA – Instituto Nacional do Câncer para implantar a sala de recreação e uniram-se a um grupo que já atuava voluntariamente e criaram o V-Criança. Em 1991, a rede McDonald’s ofereceu a renda do McDia Feliz ao INCA para a área de pediatria e o Diretor do hospital solicitou o apoio dos voluntários atuantes no "V-Criança". Após o evento nasceu a idéia de criar uma associação, formada por pessoas de vários segmentos da comunidade, preocupadas em humanizar e apoiar o tratamento de câncer infanto-juvenil. Em 05 de dezembro de 1992 foi fundada, por esse grupo, a Associação de Apoio à Criança com Neoplasia (AACN-RJ). A experiência de médicos, enfermeiros, assistentes sociais e voluntários do INCa junto aos pequenos pacientes mostrou a grande dificuldade das famílias residentes fora do Município do Rio de Janeiro em dar continuidade ao tratamento de seus filhos, devido à falta de recursos financeiros para se manterem na cidade. Evidenciada tal dificuldade, a AACN-RJ estabeleceu como meta primordial a criação de uma casa de apoio.




Em junho de 1993, a rede McDonald's realizou outro McDia Feliz e desta vez a arrecadação do evento foi doada para a AACN-RJ implantar a casa de apoio. No mesmo ano, foi adquirido um imóvel para hospedagem e formalizada a parceria entre INCA, AACN-RJ e McDONALD'S, criando-se em 24 de outubro de 1994 a primeira CASA RONALD McDONALD da América Latina e 162º no mundo.Como em todas as outras Casas Ronald, a sustentabilidade se dá através de doações de empresas, membros contribuintes, campanhas sociais, eventos promovidos por voluntários e parcerias. O McDonald’s é a principal delas, pois doa uma vez ao ano a receita da campanha McDia Feliz para projetos a serem implantados pela Instituição.Desde a inauguração, a Casa já atendeu e melhorou a qualidade de vida de mais de 1.400 crianças e contribuiu para o aumento do índice de cura.
O apoio oferecido pela Casa Ronald é considerado de utilidade pública, pois permite a liberação de leitos em hospitais aos pacientes que realmente necessitam de internação, contribui para redução de infecções hospitalares e diminui a taxa de abandono do tratamento. Hoje, a Casa Ronald conta com cerca de 400 voluntários treinados, que se revezam diariamente em quatro turnos de três horas cada, atuando como verdadeiros escudeiros das crianças e adolescentes portadores de câncer e de seus responsáveis.
O que mais impressiona é o clima da Casa, pois é um lugar alegre, acolhedor, cheio de vida e de esperança. A Casa Ronald cumpre seu objetivo: ser a “Casa longe de casa” apoiando e humanizando pais e crianças que enfrentam essa difícil realidade que é o tratamento de câncer infanto-juvenil. É maravilhoso constatar que a esperança e a vontade de viver transcendem tanta dor, gerada pelo tratamento delicado. A Casa Ronald é uma fortaleza contra a guerra do câncer e cada pessoa que lá está é um “soldado do amor” lutando para que os pequenos hóspedes vindos de tantas cidades, estados e países latinos saiam vitoriosos na luta contra o câncer.
O mais lindo nessa história está na capacidade que algumas pessoas tem de transformar os desafios enfrentados e as dores em ações para ajudar ao próximo, a alguém que mesmo não conhecendo partilha do mesmo sofrimento e do sonho da cura. Realizar sonhos é a marca da Casa Ronald e isso se respira dentro daquela casa, todos imbuídos pelo ideal de lutar pela vida do próximo e enriquecer sua própria vida. O amor lá é o diferencial, pois em nada se assemelha a uma enfermaria e vem realizando milagres na recuperação dos pequenos pacientes, por isso dizemos que a Casa Ronald é a casa que o amor construiu!
Essa visita foi uma verdadeira aula de vida para as futuras pedagogas e para toda a direção do ISECENSA representada nas pessoas de Irmã Luzia (diretora acadêmica) e Elizabeth Landim (Diretora administrativa do ISECENSA).
Hoje o pedagogo deve estar preparado para atuar nos mais diversos espaços em que há educação e os hospitais, Ongs, empresas constituem também locais de atuação deste profissional. É por isso que o ISECENSA preocupa-se em oferecer aos seus alunos experiências ricas de formação e aprendizagem profissional.


Queremos agradecer a toda a direção da Casa Ronald, aos voluntários e profissionais que lá atuam, pois nos receberam com muita atenção e carinho. Parabéns, vocês contribuem significativamente para melhorar a humanidade! Quero agradecer especialmente a Cláudio que nos deu uma aula de vida, doação e comprometimento com o próximo!
Se todos procurassem conhecer essa realidade e tantas outras que passam despercebidas, talvez possam valorizar mais a saúde que tem e possam ter mais coragem de enfrentar os desafios com mais esperança e fé! Pense nisso...

Um abraço...

Liliana Azevedo Nogueira

quinta-feira, 21 de maio de 2009

OUTRAS REALIDADES PELO PAÍS: CLASSES HOSPITALARES GARANTIA DE ESTUDO PARA CRIANÇA EM PERÍODO DE INTERNAÇÃO





“São pouco mais de dez passos e Thiago Rodrigues está na escola. As provas e lições percorrem um caminho mais longo. Internado há sete meses no Hospital do Câncer A.C. Camargo, na capital, ele acompanha aqui o que seus colegas de classe da 3ª série fazem em Rondônia, a 3,6 mil quilômetros de distância. Thiago se beneficia de uma modalidade de ensino especial que começa a crescer no País: as classes hospitalares.”
Ligadas a escolas locais e com a ajuda das instituições em que as crianças estão matriculadas, elas surgiram para garantir o direito à educação, mas acabam colaborando também na recuperação dos pacientes.
Há registro de apenas 66 classes hospitalares no Ministério da Educação (MEC). É muito pouco, considerando que o País tem 6.400 hospitais. Mas o próprio governo acredita que existam mais. Do total, 47 delas estão em instituições públicas e o restante, em particulares. "Todo hospital deveria ter uma pedagoga, assim como tem um psicólogo, um assistente social", diz Amália Neide Covic, coordenadora do setor de pedagogia do Grupo de Apoio à Criança e ao Adolescente com Câncer (Graac). No mês passado, ela promoveu um fórum de discussão sobre as classes hospitalares na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e têm notado mais interesse de educadores e médicos pelo assunto nos últimos anos.
Maria Genoveva Vello, pedagoga voluntária há décadas no Hospital do Câncer, lembra que médicos e enfermeiros desconfiavam de seu trabalho quando ajudou a fundar a Escolinha Schwester Heine, nos anos 80. "Achavam que íamos atrapalhar os tratamentos", diz. Hoje, a classe - que leva o nome da primeira enfermeira da pediatria da instituição - tem 13 professoras e 3 salas em setores diferentes do hospital. As educadoras são ligadas às secretarias municipal e estadual de Educação, mas planejam internamente as atividades. Os trabalhos levam em conta o desenvolvimento de cada criança e informações obtidas nas escolas em que estão matriculadas. Lições, provas e outros relatórios de desempenho são enviados ao hospital e voltam à escola de origem depois de prontos. Notas ou avaliações são sempre consideradas pelas instituições, o que impede que a criança perca o ano.
A CLASSE HOSPITALAR “não é uma brinquedoteca. Existem compromissos que devem ser cumpridos, assim como na escola", explica Mônica Cristina Santos Moreira, professora que atua no Hospital Geral de Bonsucesso, na zona norte do Rio. "No lugar do exercício para casa, aqui temos o exercício para cama. E há também o momento do brincar, que seria a hora do recreio", completa.
Apesar do termo classes hospitalares, quase nunca há turmas nos hospitais, principalmente por causa das idades diferentes dos alunos. "É preciso adaptar o conteúdo ao contexto do internado. Dependendo da doença, às vezes o trabalho diário dura só 10, 15 minutos", explica Amália. Muitas das aulas ou atividades são feitas no leito. "Gosto demais de matemática", diz Ramon Pereira Leão, de 10 anos, internado no Instituto Nacional de Câncer (Inca), no Rio. Em seu quarto, a professora aplica jogos numéricos, para treinar raciocínio. Por causa do tratamento de um câncer no rim, os médicos ainda não o liberaram para ir à escola.

A comerciante Marilane Brixi, mãe de Mahala Brixi Gerardi Marinho, de 7 anos, achou que a educação da filha seria prejudicada quando teve de se mudar de Joinville para tratar um linfoma no Centro Infantil Boldrini, em Campinas. A internação prevista era de seis meses. "Ela perderia a escola justamente quando iria para a 1ª série." Hoje, a menina já sabe ler e escrever e está aprendendo a fazer contas.Para a mãe, o acompanhamento praticamente individual da professora do hospital ajudou na alfabetização da filha. "As professoras da escola em Joinville disseram que ela está adiantada com relação às outras crianças da classe." O hospital de Campinas atende cerca de 260 crianças e adolescentes.
Segundo o pediatra da Unifesp Rudolf Wechsler, o contato escolar aproxima a criança internada de seu cotidiano. "Dá uma sensação de cura e de que vai sair daquele lugar, o que ajuda na recuperação", diz. A medicina moderna, completa, é feita justamente com essa interdisciplinaridade, mesclando profissionais de saúde e educação. "Brincar e estudar são formas de humanização do tratamento", afirma o chefe da Oncologia Pediátrica do Inca, Sima Ferman.
A primeira classe hospitalar de São Paulo surgiu na Santa Casa de Misericórdia, na década de 50. Hoje, são 12 hospitais ou centros de saúde públicos com o atendimento, entre eles o Hospital das Clínicas da USP - que inaugurou as classes recentemente - e o do Servidor Público Estadual. São 32 professores paulistas atualmente trabalhando nessa modalidade. O Hospital São Paulo, da Unifesp, estuda a criação de classes hospitalares em 2007. O serviço existe em instituições de Ribeirão Preto, Porto Alegre, Curitiba e Manaus.

Os cursos de graduação de formação de professores, no entanto, pouco falam da educação especial, voltada para crianças com problemas de saúde. O Hospital do Câncer oferece cursos de capacitação, sempre lotados. As dificuldades vão desde a condição psicológica e física do aluno até a necessidade de um trabalho interdisciplinar, já que não há professores de todas as áreas.
"A rotina de um hospital é muito diferente da de uma escola. A criança está aqui hoje, amanhã pode não estar mais", diz a professora Carolina Coutinho, que aprendeu braile para trabalhar no ambulatório de oftalmologia do Hospital do Câncer e atender crianças que sofrem de retinoblastoma, o tumor da retina. Cheia de botons coloridos pendurados no uniforme, ela apresentava aos alunos na semana passada uma urna com botões musicais para simular uma eleição. Eles escolhiam entre votar na boneca ou na bola. "Depois que começou a escolinha aqui, acabou o chororô."
É muito bom percebermos o quanto Campos está evoluindo no que se refere a Pedagogia hospitalar, pois de todo o interior do Estado do Rio de Janeiro somos pioneiros em oferecer esse serviço desde maio de 2007.
Esse projeto é um sucesso e faz a diferença com certeza no tratamento das crianças. É uma pena que alguns governantes não vejam a necessidade de oferecer esse serviço nos hospitais públicos.
É frustante saber que a prefeitura atual não deu continuidade a esse projeto tão bonito que foi iniciado no Hospital Ferreira Machado e que tanto confortava os pais ao verem seus filhos mesmo na dor da doença, tendo momentos de trocas e alegrias com a pedagoga e a recreadora do hospital.
É importante parabenizar a direção da Santa Casa de Misericórdia que através de sua gestão consciente e humanizada, mantém esse serviço de Pedagogia Hospitalar em parceria com a União de Ex. alunas Salesianas. Isso demonstra um espírito visionário e inovador no interior do Estado do Rio de Janeiro.
E vocês alunas? Comentem sobre o texto acima. O que pensam sobre o atendimento pedagógico hospitalar? Que realidades vocês presenciaram através dos estágios na classe hospitalar?

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Educação de qualidade...está nas mãos de quem?


Todos sabem que a situação da Educação no Brasil ainda se encontra extremamente crítica. Entretatnto, pouco se fala daquelas instituições públicas de ensino, que apesar de todos os problemas do sistema educacional brasileiro, conseguem ou conseguiram se destacar em meio a esse mar de deseducação.
É certo que não existe uma receita pronta, mas acredita-se que se o sistema oferecer condições para se fazer o básico, ou seja, trabalhar conteúdos aplicados a vida, ensinar o aluno a ler, interpretar, a escrever bem e com criticidade, além de pensar com autonomia e desenvolver o raciocínio matemático para resolver bem as situações problemas, a situação pode evoluir do caos para uma relativa ordem. Para isso, o importante é ter como foco a aprendizagem do estudante, bons dirigentes educacionais que orientem as escolas nesta direção e uma equipe comprometida em conquistar esse resultado.
Um outro aspecto relevante é o nível educacional da família, como mostra levantamento realizado por Sérgio Guimarães Ferreira, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e Fernando Veloso, do Ibmec-Rio. De acordo com a pesquisa, 34% dos filhos de analfabetos não chegam a aprender a ler e a escrever. Nesta perspectiva, o que encontramos é um circulo vicioso, em que as classes menos favorecidas, devido a carência cultural tem cada vez menos acesso a educação de qualidade, o que pode ser uma alavanca para a melhoria na qualidade de vida. Porque o estudo, o conhecimento é sim, hoje um dos instrumentos para o acesso a melhores mercados de trabalho, melhores salários e consequentemente melhores condições de vida!
Todavia, mesmo na ausência de nível educacional da família há ainda muito o que a escola pode fazer. E, algumas, em regiões onde o apoio familiar nem sempre está presente, vêm mostrando que é possível atenuar as diferenças sócio-econômicas no desempenho de seus alunos.
O estudo Aprova Brasil, o direito de aprender, realizado pelo Unicef e pelo Ministério da Educação (MEC), avaliou as 33 escolas que obtiveram as melhores notas na Prova Brasil e apresentou à sociedade características comuns entre elas, na verdade pontos positivos da educação nacional. São instituições localizadas em regiões muitas vezes desprovidas de recursos e infra-estrutura, mas que têm em comum, a sintonia entre alunos e professores. Entre elas está o Colégio Estadual Horácio de Matos, de Mucugê (BA), cuja taxa de analfabetismo é de 35,2%. Um dos pontos altos da escola é a participação dos alunos em projetos como o jornal mural e a rádio comunitária.
Como era de se esperar, alguns dos fatores que contribuem para uma educação de qualidade e que foram apontados pelo levantamento do Unicef e do MEC são a presença constante do diretor na escola, a baixa rotatividade da equipe de professores, formação continuada, a participação da comunidade e leituras realizadas com e por prazer.
Afinal, do que adianta uma instituição de ensino com uma boa infra-estrutura, toda equipada, mas sem profissionais comprometidos com a aprendizagem de seus alunos?
Segundo, Claudi Costin, a presença ativa do diretor, mais do que como um administrador de práticas burocráticas, é um indício de qualidade. Ela motiva os funcionários, a maior integração entre pais e professores e passa confiabilidade para os alunos em relação à instituição. O diretor ainda é indispensável para promover e incentivar o trabalho em equipe de seus educadores. Equipes unidas, com a presença de um líder, em prol de um objetivo comum, sempre deram bons resultados e, nas escolas, isso não poderia ser diferente.
Fixar o professor nas escolas é uma maneira de garantir o aprendizado do aluno. Uma instituição com alto índice de rotatividade de seus educadores é sinônimo de descontinuidade do ensino. Isto significa conteúdos pedagógicos desencontrados, o que acaba por prejudicar o estudante.
Uma boa escola ainda deve contar com formação permanente dos professores. Assim como outros profissionais (médicos, advogados etc.) passam por um constante processo de atualização para melhor exercer suas atividades, o mesmo deveria ocorrer com os educadores. O professor é o grande maestro da escola, é ele quem rege o aprendizado dos alunos.
Outro fator importante é o envolvimento da comunidade. A aproximação cada vez maior entre pais, professores e alunos, dentro de um espaço comum, de lazer, de cultura e de evolução intelectual reflete na coletividade e no ganho comum. Escola integrada, atuante, é sinônimo de sabedoria e essa imagem consolida-se a cada passo. Além disso, o interesse dos pais na educação de seus filhos resulta em uma melhora de aprendizado dos mesmos.
Num momento em que todo o País passa por reflexões sobre os desafios propostos para a educação, é importante mostrar que há solução para o problema educacional brasileiro e que esta já é colocada em prática por algumas instituições de ensino do Brasil. Antes de criar fórmulas mirabolantes para resolver esta questão, é necessário que as escolas façam o básico e que professores e alunos também contribuam para a melhoria desse cenário. Não é possível continuar culpando o sistema e deixar a situação do jeito que está.
Além de tudo que foi citado acima, para que se tenha sucesso no ensino fundamental é importante que a criança tenha pré-requisitos para a aprendizagem da leitura e escrita, pré-requisitos esses desenvolvidos na Educação Infantil.
Pesquisas científicas sobre o desenvolvimento infantil deixam evidentes a real importância dos primeiros anos de vida para o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e social dos seres humanos. A educação infantil tem um papel fundamental na formação do indivíduo e reflete em uma melhora significativa no aprendizado da criança. Dados do IBGE mostram que apenas 40% das 21,7 milhões de crianças brasileiras entre 0 e 6 anos estavam matriculadas em creches ou escolas em 2004 e que cerca de 13% daquelas de 0 a 3 anos freqüentavam creches. Ou seja, a universalização da educação não vale para todos os segmentos.
Trabalhar a democratização do ensino nos primeiros seis anos de vida é essencial para melhorar o índice de aprendizado dos alunos, estimular desde cedo a busca pelo conhecimento e eliminar as diferenças de origem socioeconômica no desempenho de crianças na primeira série. Não é por acaso que na França, os professores precisam ter mestrado para trabalhar com os pequenos e são tão bem remunerados quanto os que lecionam no nível superior.
Uma amostra de como o ingresso na escola desde cedo faz diferença é o índice de repetentes na primeira série do Ensino Fundamental, monitorado pela Unesco e OCDE em 48 países. O Brasil tem a taxa mais alta com 32%, contra 1% da Rússia e China. Essa realidade condena um terço da população brasileira ao atraso e mexe desde cedo com a auto-estima das crianças. É na creche ou na pré-escola que os pequenos começarão a se conhecer e a conhecer o outro, a se respeitar e a respeitar o outro e a desenvolver suas habilidades e construir conhecimento.
Investir na educação desde os primeiros anos de vida é investir no futuro do país, da sociedade e de um mundo melhor, pois o papel da escola enquanto instituição é de humanizar o conhecimento, dotando o ser humano não só de conhecimentos frios e racionais, mas de um conhecimento humanizado, fraterno e que seja colocado a serviço não apenas de uma elite acadêmica, mas a serviço do povo, que é aquele que mais precisa melhorar suas condições de trabalho e de vida social!

QUESTÃO PARA O 6º. PERÍODO: Depois de ler este texto, inspirado nas palavras de Claudia Costin, em que setor da educação você pretende atuar ao se tornar um (a) pedagogo (a)? Quais serão suas ações?

domingo, 10 de maio de 2009

Irmã Anita...você se eterniza em nós!

"Olhos pequenos, mas que tudo enxergava...passos curtos e apressados de uma caminhada de 92 anos de uma vida intensamente vivida!
Sua altivez precedia sempre um sorriso e um afago carinhoso em todas as suas ações.
Ela soube nos seus 92 anos acompanhar a modernidade, sendo totalmente aberta a evolução dos tempos. Pobres e ricos, crianças, jovens e idosos celebraram sua chegada ao céu.
Para nós a tristeza da saudade da falta física, mas a certeza de que teremos uma poderosa intercessora junto a Nossa Senhora Auxiliadora e Jesus.
Irmã Anita temos a convicção de que sempre estará conosco com seu sorriso largo e seus tapinhas ternos!
Mãe de todos , uma mulher que soube dizer sim ao chamado de Deus, consagrando-se a vida religiosa inteiramente! Obrigada por nos educar com suas atitudes e gestos, obrigada por suas palavras de encorajamento...
Irmã Anita soube ser mãe no sentido real da palavra, pois o amor que mantinha pelos princípios religiosos, todo seu carisma e humildade fizeram dela uma referência para todos da comunidade campista.
Assim hoje, na sua função de mãe que gerou a muitos, através de sua fé e atitudes, Irmã Anita prossegue na sua missão, sendo nossa intercessora junto a Nossa Senhora Auxiliadora na casa do Pai.
Irmã Anita como salesiana de garra, como alguém que soube respirar e se alimentar do carisma de Dom Bosco e Maria Domingas Mazzarello, se fará eterna em nossos corações e mentes. Na capela, no pátio, no portão e nas ruas de nossa cidade de Campos sentimos sua santa presença nos dando forças para continuar, pois viveu e nos ensinou a viver a linda frase de Mazzarello: " Não basta começar, é preciso continuar...lutar sempre... todos os dias!!!"
Para nós que aqui ficamos e para as Irmãs de toda a inspetoria Nossa Senhora da Penha a Irmã Anita permanece viva, pois seu entusiasmo contagiou a todos com os quais conviveu!!!
Para mim, especialmente, que recebia da Irmã Anita advertências queridas... sobre meu jeito agitado e meu modo de vestir, chamando-me de "trenzinho" carinhosamente e dando-me doces beliscadas ...fica a saudade profunda e a lição de que a vida religiosa é um chamado precisoso e que só pessoas divinas são capazes de cumprir a missão de Cristo com coragem, alegria e determinação!!!
Irmã Anita viveu intensamente, amava viajar, não parava um minuto sentada no ônibus, em Aparecida - SP queria andar de barco, em Botafogo - RJ atravessou uma avenida super movimentada na maior agilidade e ainda zombou da gente!!! Preocupava-se com a confissão, não se achava uma mulher santa! Mas era santa sim...pois santidade consiste em estar sempre alegre!
Essa mulher era tudo em nossa casa salesiana e como disse uma Irmã querida, tinhamos tanto medo das estrepolias (viagens, trabalho constante) que Irmã Anita fazia... e ela faleceu em casa, em seu quarto!!!!Pois é...ela sabia do que era capaz...não tinha medo...tinha uma FÉ IMENSA que a transformou na figura mais amada e conhecida de nossa cidade!!
Fique em paz Irmã Anita, o céu está em festa com sua presença e continue trabalhando muito para a nossa salvação!
Um grande beijo (uma marca de batom no seu véu branco)...do seu "trenzinho"!!!!

Ser mulher...maternidade que contribui para gerar vida de múltiplas formas...










Hoje no dia das mães...gostaria de fazer uma reflexão a partir de um texto escrito pela Irmã Antonia Colombo (FMA) em que aborda o significado de ser mulher neste milênio. Isto porque, toda mãe é antes de tudo mulher...ser que recebeu de Deus a magnífica missão de gerar a vida, não só biológicamente, mas gerar vida a partir da fé.
Abaixo transcrevo as palavras da Irmã Antonia Colombo:
(...) É bom recordar que, apesar das grandes transformações do papel da mulher na sociedade, acontecidas no século XX, especialmente nos países desenvolvidos, permanece uma grande incerteza sobre o que de fato comporta ser mulher hoje.
Neste ano, na Itália, o Ministério dos bens e das atividades culturais propõe o slogan “A mulher e a arte”, com uma intensa programação gratuita de concertos, mostras, laboratórios, debates, exposições em grau de representar a arte no feminino, no espaço e no tempo.
Por trás desta iniciativa está a convicção de que a arte tem capacidade de exprimir a realidade de modo universal, superando toda barreira cultural, e de reafirmar que a igualdade entre homem e mulher não é sinônimo de uniformidade, mas é o resultado de uma atitude harmoniosa na visão e compreensão do mundo. «A arte e a cultura podem contribuir para uma participação mais ativa e elevada das mulheres nos diferentes âmbitos da sociedade, a ponto de tornar mais equilibrada a sua participação nas diversas esferas do viver social». Mas qual é a situação concreta das mulheres nos diferentes contextos culturais dos cinco continentes?




“A vida no ritmo da mulher” é uma publicação da editora EMI, lançada neste ano sob organização de três de nossas Irmãs: Mara Borsi, Rosa Angiola Giorgi, Bernadette Sangma. Um modo de dar sentido a este dia festivo seria empenhar-nos numa leitura atenta destas páginas que objetiva colocar em evidência especialmente os recursos das mulheres a serviço da convivência pacífica, do desenvolvimento, da educação, a partir do reconhecimento da impiedosa situação de degradação na qual muitas destas se encontram, prisioneiras de culturas e tradições machistas.
Se, em muitas nações, não existe um reconhecimento real dos direitos humanos em geral, a situação é ainda mais grave a respeito do reconhecimento de tais direitos às mulheres. Muitas destas, porém, hoje não aceitam ser consideradas vítimas, são mais conscientes dos próprios recursos, das suas capacidades de resistência e de ter nas mãos as chaves para propostas e ações alternativas também em situações-limite. Pedem para ter maiores espaços de participação nos processos que dizem respeito à paz, ao desenvolvimento sustentável, à afirmação dos direitos humanos.
Como educadoras salesianas, é interessante continuar aprofundando a consciência da contribuição insubstituível que as mulheres podem oferecer na Igreja e na sociedade. Tal contribuição deriva do empenho de exprimir com coerência a visão antropológica, amadurecida nestas últimas décadas, mas radicada no primeiro livro da Bíblia, lá onde se afirma: «Deus criou a pessoa humana à sua imagem, homem e mulher os criou» (Gn 1,27). É o princípio bíblico da reciprocidade que revela o desígnio de Deus sobre a pessoa humana. A semelhança com Ele, inscrita como qualidade pessoal do homem e da mulher, é para ambos um chamado e uma missão: chamado a viver em comunhão; missão de valorizar a diversidade no recíproco enriquecimento e no serviço à vida.

Se as mulheres, conscientes deste seu chamado, se ajudam a vivê-la como uma missão, superando os condicionamentos sociais antigos e novos, dão uma contribuição insubstituível à cultura da vida, denunciando o perigo de um progresso unilateral, que pode comportar um gradual desaparecimento da sensibilidade para com aquilo que é autenticamente humano.
Para ninguém de nós é desconhecida a contribuição de muitas mulheres em favor da vida e da humanização da cultura, a disponibilidade para cuidar da reconstrução do tecido social quando é dilacerado por tensões ou para tornar possível a sobrevivência para todos em situações precárias ou de guerra, o empenho em denunciar situações que questionam a nossa consciência e responsabilidade.
Penso no fenômeno do tráfico de mulheres e de crianças para o comércio sexual. Não são apenas as mulheres e as crianças as vítimas na perda da sua dignidade, mas todos aqueles que exploram a corporeidade humana e mercantilizam o dom da sexualidade. Os efeitos mais graves são a perda do genuíno sentido do amor humano, a separação da família, a desumanização da cultura. Além da denúncia, esta situação exige, particularmente de nós mulheres, o empenho na elaboração e realização de uma proposta educativa que transmita o sentido da vida como dom e como vocação para todos.
A antropologia bíblica à qual me referi, projeta uma luz nova não somente sobre a compreensão da relação homem-mulher, mas também sobre a beleza de cada diferença humana – pessoal e cultural – quando é assumida como pólo de recíproco fortalecimento na acolhida, no diálogo, na comunhão.
A este ponto, podemos nos questionar: qual é a contribuição específica das FMA, mulheres consagradas, no mundo de hoje?Somos mulheres que Deus chamou a ser sinal e expressão do seu amor pelos jovens, mediante a educação. O Sistema Preventivo de Dom Bosco, vivido com fidelidade criativa por Maria Domingas Mazzarello, é a nossa característica na Igreja e na sociedade.

Acreditamos, com Dom Bosco, que «a educação é coisa do coração», isto é, questão de relação; estamos convencidas de que a pessoa humana se realiza no amor e deve ser educada ao amor mediante um caminho cotidiano de crescimento que não afasta do mundo, mas torna responsáveis pelos outros na trama das relações cotidianas, no exercício da própria profissão, na mais ampla esfera social.
Reafirmamos a importância da nossa contribuição feminina e mariana também na Família Salesiana. Reconfirmando a tarefa de exprimir segundo o estilo feminino o Sistema Preventivo para uma proposta educativa que manifeste na cultura contemporânea a visão da antropologia bíblica. As categorias da confiança, do cuidado, da partilha e da comunhão, oferecem uma base não somente para uma tradução do Sistema Preventivo no plano da práxis, mas para provocar uma interpretação sua que o reavive com as cores e as nuanças da sensibilidade feminina. Maria, mãe e auxiliadora, sustente o nosso empenho de colaborar para construir um mundo mais humano, onde cada um possa viver com dignidade e alegria. Estamos convencidas, como disse um Autor, que «o mundo pertencerá, amanhã, a quem tiver oferecido uma esperança maior».

Quando esta esperança é Jesus, estamos certas de que o futuro está em nossas mãos e a civilização do amor não somente é possível, mas já começou. «Maior do que tudo é o Amor» é o título dos Atos do nosso último Capítulo Geral. Um amor que se veste de cotidianidade e entrelaça os diversos caminhos das pessoas constituindo uma grande rede para abraçar o mundo, como revelava um autor:
«É a grande, interminável conversação das mulheres.Parece coisa de nada: isto pensam os homens,nem mesmo eles imaginam que é esta conversaçãoque mantém o mundo na sua órbita...Se não fossem as mulheres que se falam entre sios homens já teriam perdido o sentido da casa e do planeta...». [José Saramago]

Neste mês de maio, celebramos as mães e a nossa mãe maior, Maria Santíssima, senhora e rainha, por isso devemos refletir sobre a nossa missão de mulheres e mães que temos a maternidade intrínseca em nosso ser!


Aproveito para desejar a todas as mulheres um magnifico FELIZ DIA DAS MÃES e mesmo que algumas não tenham gerado biológicamente filhos, com certeza geraram filhos na fé, pois toda educadora, toda mulher guarda em si a MATERNIDADE DIVINA DE MARIA!



Pensando nessa maternidade, nessa possibilidade única que cada mulher tem de gerar a vida nos múltiplos sentidos, você tem cumprido seu papel na sociedade (como mulher)? Quais são os desafios que você enfrenta como mulher?Que testemunhos de fé você tem dado nos âmbitos em que atua? Para você no Curso de Pedagogia que mulheres te inspiram a fazer a diferença na sociedade?Por quê?


Um imenso e afetuoso abraço, Liliana Nogueira.